quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Transição, essa feia

Olá a todas, pois é, Há uns meses encontrei uma amiga que já estava em transição há 1 ano e meio e qual o meu espanto quando constatei que depois de tanto batalhar, voltou a desfrizar!!!

A verdade é que esta minha amiga sofreu alguma pressão por parte da entidade patronal e achou por bem ceder. De certa forma percebo, as vezes podes marcar a tua posição, mas quando se trata do nosso emprego, muitas das vezes não podes.
Eu tive sorte em Portugal quando adoptei o look afro não tive esse problema no trabalho.

Ora vejamos, esta é uma questão que pode gerar muita controvérsia é verdade, e confesso que no início quando comecei a transição era mais radicalista, mas para quê?
...a verdade é que não gosto nunca de ter posições extremadas, então a conclusão a que chego é esta, cada um faz o que entende com o seu cabelo, ponto.
 (Isto quer dizer exceptuando a questão das crianças...eu sei, nem toda a gente consegue lidar com um cabelo crespo tipo 4C, é díficil, mas custa-me mesmo muito ver criancinhas pequenas com o cabelo desfrisado/alisado, enfim...)


Chegando a este ponto, vou falar-vos da minha transição:

Pois é..porque é que eu entrei em transição??? Basicamente, porque estava farta de alisar o cabelo, farta de sentir o couro cabeludo a doer, farta de ter de depender sempre de alguém para cuidar do meu cabelo e também, a bem da verdade,  porque andava numa demanda e não encontrava uma boa profissional e com preços acessíveis.
Assim, comecei a pesquisar, primeiro, por palavras como cabelo crespo, afro... e foi a partir daí que cheguei a palavra transição e depois ao grupo Cacheadas e Crespas em Transição que era um dos poucos na altura em português (Abril de 2013).

A partir do momento que percebi aquilo que queria, nunca mais olhei para trás, fui passando pela descoberta do meu cabelo, por ver aqueles pequenos caracóis.

Ás tantas comecei a perceber que a transição realmente não era para mim, comecei a precaver a minha família e amigos e em Setembro de 2013, peguei numa tesoura e comecei a cortar o cabelo alisado, confesso que foi uma locura 'grande' e confesso que foi difícil, as vezes não sabia o que fazer ao meu cabelo por estar tão curto, e tinha saudades do meu cabelo pelo meio das costas, apesar de nunca o ter assumido muito claramente para ninguém a não ser agora.
Passado 1ano e 4meses de big chop, posso finalmente dizer que, não me arrependo..

Ainda estou num processo de conhecer o meu cabelo, de tentativa e erro, de perceber do que gosta e do que não gosta, ainda leio muito, apesar de já não ler tanto como no ínicio, meu Deus...nessa altura estava absolutamente obececada e a minha família, amigos e afins já não me podiam ouvir com a história do cabelo, mas cá estou eu, com um 'afro' cada vez mais poderoso...até onde ele quiser ir, cá estarei, é como digo, o meu cabelo tem vida própria e a verdade é que também sou algo perguiçosa.

Como ainda considero que está num tamanho, vá lá, que se pode denominar de médio-curto, não dá para apanhar e fazer o tal penteado tipo 'ananás' quando vou dormir, e também não me revejo a fazer twists durante 30min ou 1h para ter de desmanchar no dia a seguir, assim, os cuidados que tenho são dormir com uma almofada de cetim e...só!

Quanto a cuidados diários, lavo o cabelo a cada 2dias e a minha rotina capilar está centrada no co-wash, com umas hidratações e nutrições pelo meio.

Nos dias em que não lavo, é acordar de manhã, molhar, colocar um pouco de leave-in e ir a luta..

A mensagem final que vos deixo é amem-se inteiras e vão resplandecer...a verdade é que não há nada melhor do que gostarmos de nós próprias e podermos passar essa mensagem ao mundo e no fim usem o vosso cabelo como se sentirem melhor ou como as circunstâncias deixarem.

Beijinhos e Até a próxima!!!



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